Alço a perna no meu pingo,
Flete puro Guarani,
Pisando terra Imebuí,
Na velha Boca-do-Monte,
Revivendo horizontes,
Da bela Pátria sulina,
Onde o verde das campinas,
Aminam a quebra dos montes.
Lembro João Cezimbra Jaques,
Gaúcho desde piazito,
Teve um passado bonito,
De raça, fibra e talento,
Deu grito aos quatro-ventos,
Marcando sua trajetória,
Nasceu pra honrar a história,
Na rua do Acampamento.
Vertente de admiráveis virtudes,
Monarca de muita sabedoria,
Sublimava o que fazia,
E ao Rio Grande presenteava,
Tribunando não calava,
Sua filosofia pioneirista,
De raízes indigenistas,
À querência consagrava.
De acendrado amor ao pago,
Ao partir prá eternidade,
Plantou o arco-íris da saudade,
Levando a cisma ardente,
E o entono por semente,
Foi taura por excelência,
Foi caudal de inteligência,
Essência de Terra, Alma e Gente.
Apresentou-se ao criador,
Co’a terra, Boca-do-Monte,
Buscada na mesma fonte,
Desta sobranceira coxilia,
João é uma estrela que brilha,
Na grande estância celeste,
Produto da pampa agreste,
Da brava gente farroupilha.
João Boca-do-Monte,
Bandeira do tradicionalismo,
Suporte do nativismo,
Patrício desta querência,
Sinuelo de transparência,
Que nos reponta as raízes,
Por isso, exultamos felizes,
Os feitos de sua existência.
Santa Maria da Boca-do-Monte, no ano do 139º aniversário do nascimento de João Cezimbra Jaques. Palestra do Cap PM Pedro de Mattos Ribas, no DCT do Clube Caixeral/SM, em 10/11/88.
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