Eu parti da minha terra,
Deixando o biongo para trás,
A lavoura e a figueira,
Sonhando com muita paz.
Deixei amigos e parentes,
Para trabalhar na cidade,
Larguei ferramenta e sementes,
Em busca da felicidade.
Queria um bom emprego,
Que me desse tranqüilidade,
Pra família o sossego,
E muita prosperidade.
Abandonei as lides da roça,
Pra conquistar novo espaço,
Só consegui uma palhoça,
Bem distante dos rincões.
Quero voltar pra serra,
Ajojar o boi pitanga,
Mexer as entranhas da terra,
E me banhar lá na sanga.
Quero fazer meu biongo,
Com paredes de ternura,
Tendo a semente esperança,
Germinando candura.
Quero esquecer aquele refrão,
Plante que o João garante,
Semeando somente ilusão,
Tornando-me um itinerante.
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