quinta-feira, 9 de junho de 2011

Cristóvão Pereira de Abreu

Em 1599, Don Francisco de Souza, governador-geral do Brasil (entre 1591 a 1602), ainda acreditando na existência de ouro, esteve na região e levantou o pelourinho - símbolo do poder real na Nova Vila de Nossa Senhora da Ponte de Mont Serrat. Como se confirmasse a existência do metal, o governador retornou à corte.
Em 1654, o capitão Baltazar Fernandes mudou-se para a região com a família e escravaria e fundou um povoado, ao qual deu o nome de Sorocaba que na linguagem Tupi-Guarani significa “Terra Rasgada”.
Como incentivo para o povoamento da região, doou grande gleba de terras aos beneditinos de Parnaíba, com a condição de que estes construíssem um convento e uma escola, que funcionaria como centro gerador de cultura.
Na época, o comércio de índios era a principal fonte de renda, que a partir do século XVII foi substituída por outra atividade ligada ao comércio; as feiras de muares. A primeira tropa passou por suas ruas no ano de 1733, conduzida pelo Coronel gaúcho Cristóvão Pereira de Abreu, um dos fundadores do Rio Grande do Sul. Sem saber, Pereira de Abreu estava fazendo história e inaugurando um ciclo, o do Tropeirismo.
Sorocaba com o passar dos anos, devido a sua posição estratégica, tornou-se marco obrigatório para os Tropeiros, eixo econômico entre o Norte, o Nordeste e o Sul. A cidade, com o fluxo de tropeiros, ganhou uma Feira de Muares, onde brasileiros de todos os Estados reuniam-se para comprar e vender animais.
O grande fluxo de pessoas e de dinheiro proporcionou desenvolvimento do comércio e da indústria caseira, baseado na confecção de facas, facões, redes, doces e objetos de couro para montaria.
Novos ciclos de desenvolvimento marcaram a história de Sorocaba, incrementando a partir de 1875, com a inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana. Indústrias têxteis de origem inglesa instalaram-se na cidade e tornaram-na conhecida como a Manchester Paulista.
Foi pelos trilhos da velha Sorocabana que chegou o progresso e logo o pequeno vilarejo desdobrou seu espaço, multiplicou sua população, passou a cidade, chegou a município e acabou investida na condição de Comarca.
O declínio da indústria têxtil fez com que a cidade buscasse novos caminhos e, a partir da década de 70, diversificou o seu parque industrial, hoje com aproximadamente 1.500 empresas, entre elas algumas principais do país.
A história de Sorocaba está presente em edifícios seculares, verdadeiras relíquias da arquitetura, como o Mosteiro de São Bento, com suas paredes de taipa; a Igreja Catedral, a Casa da Marquesa de Santos (Museu Histórico Sorocabano) , o Casarão de Brigadeiro Tobias , Estação de Ferro Sorocabana, entre outros.
Fonte: http://www.sorocaba.sp.gov.br/secoes/sorocaba/historia/index.php

Um comentário:

  1. Oi,
    Meu nome é Joao Quiróz Govea, sou de Panamá e estou fazendo uma especialização na UFRGS em Direito Ambiental.
    Atualmente estou lendo o livro de Moysés Vellinho “Capitania d´El-Rei” e gostei muito do capitulo dedicado ao Cristóvão Pereira. Tenho vontade de fazer a tradução dum extrato do capitulo ao espanhol e publica-lo no meu blog: www.mediocerrado.com e gostaria anexar uma imagem do Cristóvão Pereira. Poderia utilizar a que você tem ai? Aguardarei a resposta no meu mail: quirozjoao@gmail.com
    Saudações,
    Joao Quiróz Govea

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