quarta-feira, 15 de junho de 2011

Despedida de Comando

I
Com licença Comandante,
Lhe peço o consentimento,
Prá expressar o pensamento,
Da tropa da guarnição,
Ao comandante da região,
Que com dever e seriedade,
Respeito e consideração.

II
A tropa está reunida,
E a vós presta reverência,
Vibrando amor à querência,
Pois é próprio da Brigada,
E ao concluir esta parada,
Com o devido respeito,
E levo dentro do peito,
Nossa amizade guardada.

III
É o chefe nosso amigo,
Filhos dos pagos do Rio Grande,
Que nesta terra se expande,
Deixando concreta amizade,
Levando consigo saudade,
Até me arrepia o pêlo,
Pois ecoam seus conselhos,
Dado com urbanidade.

IV
É charla muito amigaça,
Cheirando grama molhada,
Ressoando igual clarinada,
Como sopro do minuano,
Que envolve o ser humano,
D’alma franca e leadade,
Lhe digo é pura verdade,
É o conceito do Brigadiano.

V
Sempre de passo firme,
No meio da gauchada,
És a alma da Brigada,
Vagando neste rincão,
Que de galpão em galpão,
Fazendo ronda e vigília,
E no altar das coxilhas,
É anjo de lança na mão.

VI
Rondando nossa querência,
Voltado  pro agradecimento,
Na tradição do Regimento,
A figura nobre do Brigadiano,
É o quero-quero pampeano,
Noite e dia em função,
Na defesa de seu chão,
Em todos os meses do ano.

VII
Ao assumir o comando,
Deste Regimento macanudo,
Movimentou quase tudo,
Deixastes pelo aliado,
Agora está pelichado,
E boa aparência tem,
Qual a estrela de Belém,
Marcando vosso passado.

VIII
Abri da mente a cancela,
E soltei minha imaginação,
Seguindo o mesmo padrão,
Reviso os seus pessuelos,
O Regimento é o sinuelo,
Da estrada a ser seguida,
Sua obra será engrandecida,
Com bom trabalho e desvelo.

IX
Atento para o infinito,
Levanto os olhos pro céu,
Boto prá nuca o chapéu,
Com a mais sã disciplina,
Peço ao Patrão lá de cima,
Que lhe dê vida e saúde,
Coragem e juventude,
São nossos votos de estima.

X
Seu nome já foi gravado,
Nos versos desta poesia,
Onde festejamos sua alegria,
Nos tentos da sinceridade,
E nesta oportunidade,
Pedimos ao Coronel Golbery,
Que quando partir daqui,
Leve a nossa amizade.


                                                                                        Pedro de Mattos Ribas

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